Os efluentes incluem, de fato, resíduos líquidos ou gasosos formados durante processos industriais e até mesmo no uso da água em residências. Assim, considera-se efluente toda água que passou por algum processo, seja desde lavar a louça em casa até a lavagem de caminhões que transportam materiais químicos. Nas indústrias, a geração de efluentes gasosos ocorre ao se concentrar gases nocivos em determinados ambientes.
Muitas vezes, os efluentes contêm substâncias perigosas, sendo que, frequentemente, são tóxicas e exigem, portanto, um manuseio cuidadoso. De acordo com a ABNT NBR nº 9800/1987, efluentes industriais são “despejos líquidos provenientes das áreas de processamento industrial, incluindo os originados nos processos de produção, as águas de lavagem de operação de limpeza e outras fontes, que comprovadamente apresentem poluição por produtos utilizados ou produzidos no estabelecimento industrial“.
Esses resíduos, por conseguinte, devem ser tratados ou destinados de forma adequada para evitar a contaminação do meio ambiente, especialmente de rios e fontes. O lançamento de efluentes sem tratamento em rios e mares, por muito tempo, foi a principal causa da poluição dos oceanos. O termo “efluente” refere-se, em geral, principalmente a resíduos líquidos.
Os resíduos domésticos, embora muitas vezes não pareçam perigosos, podem, de fato, causar um grande impacto ambiental se não forem manuseados corretamente. Exemplos incluem esgotos residenciais, restos de alimentos e resíduos de caixas de gordura domésticas.
Esses resíduos contêm principalmente material orgânico; no entanto, também podem apresentar compostos químicos. A maioria é, então, canalizada para empresas de saneamento, como Sabesp, Compesa, Cedae, entre outras, que realizam o tratamento e preparam para descarte. Em áreas rurais sem atendimento de saneamento, é comum que o descarte ocorra em corpos d’água ou em fossas.
Estabelecimentos com alta densidade de pessoas, como shoppings, condomínios e prédios comerciais, frequentemente optam por tratar seus resíduos para reúso ou descarte, o que, por sua vez, pode trazer economia. No entanto, para realizar o tratamento de maneira eficaz, é necessário, primeiramente, um estudo dos resíduos gerados, além da contratação de uma empresa especializada.
Ao contrário dos resíduos residenciais, os industriais apresentam, em geral, altas cargas poluentes que variam conforme o processo produtivo da empresa que os gera. Devido à grande diversidade e à toxicidade potencial desses resíduos, muitas empresas preferem realizar o próprio tratamento. Esse processo é, portanto, desenvolvido especificamente para cada tipo de resíduo, levando em consideração suas características. Outra opção, embora menos indicada, é transportar os resíduos para uma estação de tratamento especializada; no entanto, essa prática é, em geral, cara, pois exige o uso constante de caminhões-tanque.
O descarte de resíduos industriais em linhas de esgoto sanitário destinadas aos resíduos domésticos, por outro lado, gera multas, uma vez que a composição dos resíduos industriais é diferente e pode prejudicar o tratamento realizado pelas companhias de saneamento.
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